Manual de Exames

ANTITROMBINA III


Material

Plasma com Citrato - 3.00 mL - Congelar

 
Descrição
 
A Antitrombina III é uma proteína anticoagulante natural, estando sua deficiência associada a estado de hipercoagulabilidade, com o aumento do risco de trombose venosa. A deficiência de antitrombina III está presente em 1,7% da população. As deficiências congênitas são divididas em tipo I e tipo II. 
No tipo I a concentração e a atividade da antitrobina III estão diminuidas. 
No tipo II, apesar da concentração normal da antitrombina III, a sua atividade funcional é baixa. 
Assim existem ensaios antigênicos, que determinam a quantidade da proteína, e ensaios funcionais. Uma vez que os ensaios funcionais identificam ambos os tipos de deficiência, os ensaios antigênicos só devem ser realizados se o ensaio funcional estiver diminuido, para que se defina precisamente o tipo de deficiência. As deficiências adquiridas são mais comuns e podem decorrer de redução da síntese hepática (cirrose, etilismo, hepatite), de aumento do consumo (tromboses, coagulação intravascular disseminada, infarto agudo do miocárdio), perda (síndrome nefrótica, enteropatias, traumas) e de outras causas (uso de heparina, uso de estrógenos, gravidez). 
Ao nascimento, níveis de antitrombina são em média 63% dos níveis do adulto, aumentando a estes níveis aos aos seis meses de idade 
 
Uso: investigação de tendência a tromboembolismo venoso; detecção de estados de hipercoagulabilidade; monitoramento de resposta a heparina. A antitrombina III é um dos principais inibidores dos fatores de coagulação ativados. Sua deficiência (herdada ou adquirida) quantitativa ou funcional está associada com risco aumentado de tromboembolismo venoso. Pacientes com níveis baixos de ATIII são geralmente resistentes ao uso de heparina. A antitrombina III inativa a trombina e os fatores IXa, Xa, XIa, XIIa. Sua atividade é amplificada pela heparina. A deficiência de ATIII ocorre em cerca de 1/5000 pessoas. O risco de tromboses aumenta de 0,1% em pessoas normais a 55-70% em pacientes com deficiência quantitativa ou qualitativa de ATIII, herdada ou adquirida.
 

Interpretação
 
- Valores aumentados: casos de inflamação aguda (ATIII é um marcador de fase aguda), hiperglobulinemia, uso de anticoagulação com cumarínicos, uso de anabolizantes e penicilinas. 
 
- Valores diminuídos: deficiência familiar hereditária (autossômica dominante, com valores em torno de 40-60% do normal), doença hepática crônica, cirrose hepática, síndrome nefrótica, doenças com má nutrição protéica, terapia com heparina após o terceiro dia, terapia com l-asparaginase, doença trombótica ativa, coagulação intravascular disseminada, uso de contraceptivos orais, gravidez, recém-natos, leucemia aguda, carcinomas, queimaduras, trauma pós-cirúrgico, doença renal e sepse
 

Preparo
 
- Jejum obrigatório de 8 horas. 
- E desejável que o paciente nao esteja usando anticoagulante oral por pelo menos 2 semanas e heparina por 48 horas. 
- A suspensão de qualquer medicacao devera ser feita sob a supervisao e autorizacao do medico responsavel pelo paciente.
 

Sinonímias
 
ATIVIDADE DO CO-FATOR HEPARINICO 
ATIII 
PROVA DE TROMBOFILIA