Manual de Exames

INSULINA


Material

Soro - 1.00 mL - Congelar


Descrição

A insulina é um hormônio protéico sintetizado, armazenado e secretado pelas células beta localizadas nas ilhotas de Langerhans no pâncreas. Esta é liberada em resposta a presença de glicose no sangue, em geral após a ingestão de uma refeição. Um indivíduo saudável normal produz de 40 a 50 unidades de insulina por dia. A meia-vida da insulina em soro ou plasma é de 5 a 10 minutos. Cerca de 50% da insulina liberada na circulação portal é depurada pelo fígado. A insulina se liga às células receptoras localizadas nas membranas celulares dos tecidos-alvo, sendo estes principalmente o fígado, gorduras e o tecido muscular.

A insulina diminui as concentrações de glicose no sangue, estimulando a glicogenólise no fígado, a síntese de triglicérides no tecido adiposo e a síntese de proteína no músculo. Estudos recentes indicaram que a insulina e seus receptores podem ter influência na aprendizagem e na memória. A interrupção da produção de insulina e da atividade do receptor da insulina pode causar deficiência na formação da memória e na aprendizagem. Um aumento na produção de insulina é comum no desenvolvimento de cânceres. Se a produção de insulina não for estimulada, os níveis de glicose no sangue não diminuirão, causando a hiperglicemia. A hiperglicemia de jejum apóia o diagnóstico de diabetes mellitus. Existem 2 tipos de Diabetes, o diabetes tipo I e o diabetes tipo II. A terapia com insulina é utilizada em pacientes com diabetes tipo I e em muitos pacientes com diabetes tipo II, associada a outros medicamentos hipoglicemiantes. No diabetes tipo I existe uma deficiência de insulina. Isso pode ser resultante da destruição auto-imune das células beta ou da presença de auto-anticorpos contra insulina. O diabetes tipo II pode ocorrer se houver um decréscimo na resposta biológica à insulina circulante (resistência a insulina) ou uma secreção decrescente ou diminuída de insulina devido à insuficiência das células beta.

Os níveis de insulina geralmente não são utilizados para diagnóstico ou tratamento de pacientes diabéticos. Os níveis de insulina podem ser úteis na avaliação de pacientes com hipoglicemia de jejum, na determinação da resistência insulínica da população em geral e na avaliação de anormalidades na função secretora das células beta. Os níveis de insulina são utilizados no estudo da fisiopatologia do diabetes.


Interferentes

- Hemólise pode diminuir os valores de insulina.
- Auto-anticorpos contra insulina em soro humano podem interferir e causar resultados discordantes.


Preparo

- Jejum obrigatório de 8 a 14 horas.
- Ideal que sempre acompanhade determinação de glicemia.